09 dezembro 2013

GOLPES DE ESTELIONATO COM COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS
Fique atento, não se iluda com “vantagens” oferecidas e divulgue para seus amigos
  
Existem inúmeros golpes envolvendo de alguma maneira compra e venda de veículos (carros, motos, caminhões, etc). Normalmente estes golpes causam prejuízos relevantes e por isso é importante divulgar a informação preventiva para evitar, pelo menos, os casos mais comuns.

  • Golpe do Veículo Fantasma


O esquema é bastante simples, mesmo existindo algumas variantes. Os golpistas anunciam veículos com preços e condições muito atrativas pela internet, em jornais (classificados) ou até em canais de rádio e TV (locais ou a cabo). Nas condições quase sempre é prevista uma entrada de 10% a 20% do valor do veículo e prestações pequenas, a perder de vista, com juros baixos ou inexistentes.
Quando a vítima entra em contato, informam que o veículo se encontra numa localidade bastante remota (se o comprador for do Rio de Janeiro, eles dizem que o veículo está em São Paulo e vice-versa), mas que pode ser entregue em qualquer parte do Brasil sem custos. Oferecem diversas fotografias do veículo e, se o comprador insistir dizem que poderá viajar para o lugar onde o veículo se encontra para ver ou vistoriar o mesmo sem nenhum problema.
De qualquer maneira, após os primeiros contatos e após ter enviado fotos e detalhes, independentemente da vítima ter optado ou não por viajar para ver o veículo, os golpistas informam que receberam uma oferta de outro interessado e estão prestes a fechar a venda daquele veículo a menos que alguém faça imediatamente um depósito (normalmente o valor da entrada) para bloquear a oferta e assegurar preferência no negócio.
Para não perder a oportunidade, a vítima acaba fazendo o depósito solicitado, sempre numa conta corrente de pessoa física. Logo após realizar o depósito os golpistas param de atender ao telefone e normalmente desaparecem. A vítima nunca receberá o veículo, que normalmente nem existia.

  • Golpe do Veículo de Funcionário de Montadora


O golpista, freqüentemente através de anúncios, mas também por indicação direta de conhecidos, declara ser funcionário de uma montadora (ou ter contato com algum funcionário de montadora) e, por isso, tem a facilidade de comprar veículos diretamente na fábrica com “desconto para funcionários”.
O golpe envolve às vezes visitas à fábrica, onde realmente aparece alguém, se passando por funcionário, saindo da mesma ou esperando em frente ou na porta de entrada e sempre confirmando integralmente a tal oportunidade.
Mostra documentos (falsos) comprovando tabelas de preços e modalidades de compra e diz que, em função do desconto, o pagamento para a fábrica deve ser adiantado e deve sair da conta do funcionário. Em alguns casos diz que existe a possibilidade de receber o carro através do pagamento de um sinal (sempre consistente) e o resto será parcelado sem juros. O objetivo é sempre convencer a vítima a realizar um pagamento adiantado (o valor do carro ou do sinal) para que seja efetivada a operação.
Na realidade não existe funcionário algum, nem carros com desconto e, uma vez realizado o pagamento, os golpistas, como sempre, desaparecem sem deixar rastros.

  • Golpe do Veículo Apreendido


Nesta modalidade os golpistas apresentam a possibilidade de adquirir abaixo do preço de mercado motos ou carros apreendidos por autoridades ou que irão a leilão por alguma razão (falências, financiamentos cancelados, excesso de multas, etc).

  • Golpe do Veículo em Consórcio Contemplado


Os golpistas declaram ter a possibilidade de vender um consórcio contemplado para um determinado veículo, ou seja, um veículo com financiamento em condições muito vantajosas. Para tanto é sempre necessário realizar um pagamento adiantado para adquirir o consórcio.

  • Golpe do Veículo em Consignação


Este golpe é normalmente conduzido por lojas, revendas ou concessionárias de veículos. O primeiro contato acontece muitas vezes como conseqüência de um anúncio de venda do veículo, ao qual responde um representante de uma loja alegando ter clientes interessados na compra. Em seguida a loja convence o proprietário de um veículo a deixar o mesmo em consignação para venda, alegando que com o veículo consignado na loja a venda será mais rápida e por valor maior.
A partir deste momento golpes diferentes podem ser praticados:
1) A loja encontra interessados em comprar o veículo, pega a documentação deles e dá entrada em financiamentos (deixando o veículo como garantia). Depois diz aos interessados que o credito não foi aprovado e embolsa o dinheiro, deixando um vinculo no veículo.
2) O veículo é vendido sem a documentação, ou seja, ficando em nome do proprietário original que o deixou consignado, e a loja fica com o valor da venda.
3) O veículo desaparece da loja, sendo que foi vendido com documentação falsa ou através de procuração falsa ou com outros meios fraudulentos. Em alguns casos o veículo é até vendido para desmanches clandestinos. Nestes casos também a loja fica com o valor integral da venda.

  • Golpe do Veículo Barato


Este golpe é bastante elaborado, e tem outros golpes como lastro. Os golpistas anunciam veículos novos ou seminovos por um valor muito abaixo do valor de mercado (menos da metade do valor normal). A razão deste preço está no fato de que o veículo foi comprado, normalmente em outro estado, com um financiamento bancário dividido em parcelas que nunca vão ser pagas.
Por dinheiro, algum “laranja” emprestou o nome para fazer o financiamento e, às vezes, existe até o envolvimento de funcionários de concessionárias. Em alternativa o financiamento foi feito através de documentos clonados ou falsificados, neste caso configurando o estelionato. Como o financiamento não vai ser pago e tudo o que for conseguido na venda é lucro, o carro pode ser “revendido” por qualquer preço.
O único problema é que o veículo não pode ser legalmente transferido, pois, normalmente, existe vínculo em favor da financeira ou banco. Para este problema os vendedores arrumam as mais variadas desculpas, em alguns casos até contam uma meia verdade, ou seja, que se trata de um financiamento e até o fim do mesmo o veículo deve ficar no nome de quem fez o financiamento. Fora isso é entregue a documentação completa do veículo o qual pode circular tranqüilamente.
O ponto de força dos golpistas está no fato de que até as financeiras cumprirem todos os procedimentos legais de cobrança, dar início a um inquérito policial (quando for o caso de documentos falsificados) ou entrarem na justiça, e até sair o mandado de busca e apreensão e até o veículo ser localizado, leva muito tempo. Em média dois anos, ou até mais.
Existem golpistas que até oferecem a troca do veículo por um novo após este período, para evitar que o “cliente” corra o risco de passar por uma apreensão. Participando deste esquema o “comprador” na realidade não está comprando o veículo (que nunca será dele) mas sim participando das ações de uma quadrilha, o que pode acarretar sérios problemas, bem além da simples apreensão do veículo.

Utilidade Pública do BOLETIM de OCORRÊNCIA te ajudando a não cair em golpes.